O Imbolc (Imbolg, em irlandês moderno) é um festival tradicional gaélico que marca o início da primavera, sendo um das quatro celebrações sazonais gaélicas (junto ao Beltane, Lughnasah e ao Samhain). Também chamado de Dia de Santa Brígida (irlandês: La Fhéile Bríde, gaélico escocês: Là Fhèill Bríghde, manquês: Laa’l Breeshey), ele ocorre no dia 1° de fevereiro, no meio do caminho entre o Solstício de Inverno e o Equinócio de Primavera. Suas tradições foram amplamente conhecidas por toda a Irlanda, Escócia e Ilha de Man. Acredita-se que o Imbolc tenha sido originalmente um festival pagão associado à deusa Brighid, e que foi posteriormente cristianizado como o Dia de Santa Brígida. A data foi registrada em forma escrita pela primeira vez por Cogitosus, ainda no século VII, já relacionada à santa e à região de Kildare, mas não é preciso nem lembrar a quantidade de associações que são possíveis de serem feitas entre a deusa e a santa.
A etimologia do nome ainda é discutida. Uma das explicações mais conhecidas é a de que ela tenha sua origem no irlandês antigo i mbolc, que significa “na barriga”, relacionado à gravidez das ovelhas nesta época do ano. Outros sugerem que a ligação poderia estar ligada ao verbo irlandês antigo folcaim (que significa “lavar-se / limpar-se”) e sugerem, com evidências presentes no folclore, que este seria um ritual de limpeza. Uma citação no medieval Glossário de Cormac, do início do século X, cita o termo Oimelc, associando-o ao início da primavera, trazendo uma explicação para o nome como oí-melg (“leite de ovelhas”), em uma referência à época da lactação das ovelhas, mas atualmente esse termo é colocado em dúvidas (como muitos do Glossário de Cormac), embora encontre evidências em outras fontes, como o Tochmarc Emire.
De acordo com as lendas, principalmente da tradição escocesa, o Imbolc era o momento em que Cailleach coleta a sua lenda para o restante do inverno (na Ilha de Man, ela é chamada de Caillagh ny Groamagh, e assumiria a forma de um pássaro gigante carregando galhos em seu bico). De acordo com que é dito, se ela desejasse fazer o inverno durar mais, ela apenas precisaria reunir bastante lenha. Por isso era considerado um bom presságio se houvesse mal tempo no Imbolc, pois significaria que Cailleach já teria se recolhido e o inverno estaria no fim. Era chegado o momento do reinado de Brighid, que representava a metade luminosa do ano e a força que guiaria as pessoas da estação invernal para a primavera.
SImbolismos
Festival da Deusa Bríghid?
O Imbolc é um festival que é amplamente associado à deusa Bríghid. Ainda assim, essa associação é feita principalmente pela possível, provável e quase certa ligação de Bríghid com Santa Brígida, a quem o festival é realmente associado. Ele também é chamado de Dia de Santa Brígida (irlandês: La Fhéile Bríde, gaélico escocês: Là Fhèill Bríghde, manquês: Laa’l Breeshey), mas acredita-se que o Imbolc tenha sido originalmente um festival pagão associado à deusa e que foi posteriormente cristianizado. Ele é ocasionalmente associado ao festival cristão da Candelária (tanto na Irlanda quanto no País de Gales, o festival também é chamado de “Festa da Maria das Candeias”). As primeiras menções ao Imbolc na literatura irlandesa são bastante antigas (a partir do século VII), e não faltam evidências de que ele teria sido uma festividade importante ainda no período pré-cristão.
Época:
O Dia de Santa Brígida (irlandês: La Fhéile Bríde, gaélico escocês: Là Fhèill Bríghde, manquês: Laa’l Breeshey) ocorre, como já dito, no dia 1° de fevereiro, no meio do caminho entre o Solstício de Inverno e o Equinócio de Primavera. De acordo com o Táin Bó Cúailnge, o Imbolc ocorreria três meses após o Samhaim (este em 1° de novembro). É sugerido que o festival celebra o início da primavera. Diversas associações tem sido sugeridas para explicar seu nome e ligação com a época, como a gravidez e ordenha das ovelhas, as limpezas e purificações de primavera (como o festival romano da Februa/Lupercália), além do início da preparação para o plantio. Também existe a crença de que a data original seria mais fluída, baseada nas mudanças sazonais, como o início da lactação das ovelhas, da florada da ameixeira (ou do espinheiro-negro), ou o início de preparação para o plantio de primavera.
Festival da Limpeza de Primavera?
Imbolc é muito associado às limpezas de primavera, uma tradição que se espalhou ao longo da Europa (e posteriormente América do Norte). Mas qual a origem dessa associação? Ainda que seja uma associação discutida, há algumas evidências que apontam para essa tendência purificadora do Imbolc, após um longo período de reclusão hibernal. A etimologia da palavra Imbolc ainda é discutida, porém alguns sugerem que a ligação poderia estar ligada ao verbo irlandês antigo folcaim, (que significa “lavar-se / limpar-se”), e sugerem, com evidências presentes no folclore, que este seria um ritual de limpeza, como o festival romano da Februa / Lupercalia, que ocorre na mesma época do ano. A Hibernica Minora, em um poema que fala especificamente sobre os quatro festivais, cita sobre o Imbolc: “degustar cada alimento na ordem, esse é o valor no Imbolc: lavar as mãos, os pés, a cabeça”, reforçando o caráter de limpeza e purificação do ritual.
Evidências nos Túmulos Neolíticos:
Alguns estudiosos sustentam que a época já teria significado no período neolítico, graças a algumas colinas tumulares cujas entradas são alinhadas com o nascer do sol no período do Imbolc, como o Monte dos Reféns, em Tara, e um cairn em Slieve na Calliagh; contudo, muitos também acreditam que esse alinhamento tão raro pode ser apenas fruto do acaso
Práticas Tradicionais
Cruzes de Brighid:
Talvez a mais lembrada tradição associada ao Imbolc seja a confecção das “Cruzes de Brígida “(Crósoga Bríde), originalmente feitas de juncos, mas atualmente usando também outros tipos de materiais, tais como a palha ou o trigo. Uma crósog geralmente consiste de juncos entrelaçados em uma cruz de quatro braços da mesma extensão, embora também houvesse cruzes de três braços (supostamente mais antigas). Elas costumavam ser penduradas em portas, janelas e estábulos, para dar as boas-vindas a Brígida e para a proteção contra incêndios, raios, doenças e espíritos malignos. Nas Terras Altas escocesas, as mulheres também faziam tais cruzes antes do casamento e colocavam uma delas no colchão do leito conjugal para garantir a fertilidade. Fazer as cruzes era um ritual em si. O procedimento exato variava e em alguns lugares as cruzes eram feitas com antecedência, para serem distribuídas como parte de uma procissão. Mas na maioria dos lugares na Irlanda, o material era cerimonialmente trazido para dentro da casa e colocado debaixo da mesa onde o banquete ocorreria. Após a refeição, a família criava as cruzes. Um fazendeiro também poderia fazer grinaldas para pendurar nos pescoços dos cordeiros quando estes nasciam. Qualquer material restante era usado para criar uma cama para a Bridget ou espalhado pelo estábulo para dar sorte. As cruzes eram penduradas no dia seguinte, e normalmente só eram trocadas no próximo Imbolc.
Bonecas de Bríghid:
Em várias regiões, principalmente em Leinster, ocorria uma procissão de jovens garotas que desfilavam de casa em casa levando uma representação de Brígida. Na Irlanda esta representação seria conhecida como Brideóg (ou “Breedhoge” ou “Biddy”) e seria feita de junco, mas em alguns lugares ela seria revestida com pedaços de tecido, flores ou conchas. As garotas a carregavam em procissão, cantando hinos a Brígida, todas vestidas de branco e com os cabelos soltos, como símbolo de pureza e juventude. Visitavam todas as casas da região, onde recebiam comida ou mais adornos para a Brideóg. Depois festejavam numa casa com a Brideóg, colocando-a em um lugar de honra, e a deitavam com canções de ninar. Quando a refeição terminava, os rapazes locais pediam humildemente para serem admitidos à casa, prestavam honras à Brídeog e juntavam-se às meninas para dançar e festejar. Na maioria dos lugares apenas garotas podiam carregar a Brídeog, mas em alguns os rapazes eram admitidos também. Brígida também era evocada para proteger as casas e o gado, uma reminiscência de uma lenda em que afirma que a santa visitava famílias virtuosas e as abençoava.
Procissões e Circumambulações:
Em alguns lugares, em vez de carregar uma Brideóg, uma garota assumia o papel de Brígida. Escolhida pelas outras jovens, ela ia de casa em casa, usando a “coroa de Brígida” e carregando o “escudo de Brígida” (alguns especulam ser uma reminiscência dos atributos guerreiros que fizeram com que Brigantia fosse associada a Victoria na Grã-Bretanha) e a “cruz de Brígida”, todos feitos de junco. A procissão, em alguns lugares, incluía rapazes fantasiados (os Buachaillí Bride), que usavam chapéus de palha cônicos, máscaras e tocavam música folclórica, semelhantes aos “Rapazes da Carriça”, presentes em outras festividades gaélicas. Na Irlanda do Norte, um membro da família representaria Brígida, circundando a casa três vezes carregando juncos. Em seguida, ela batia na porta três vezes, pedindo para entrar. Na terceira vez ela recebia as boas-vindas, comia-se a refeição e os juncos eram usados para se fazer as Crósoga ou preparar a cama para Brígida. Uma variação das Terras Altas no desfile do Brídeog tem referência específica à fertilidade humana. As jovens da comunidade criavam uma estatueta de uma colher de batedeira e a levavam de casa em casa, coletando oferendas de pão, manteiga e outros alimentos. Mais tarde, as moças festejavam com eles em companhia dos rapazes da comunidade, seguidos de cantos e danças durante toda a noite.
Durante a Antiguidade e no início da Idade Média, um tipo particular de cerimônia pagã era realizado em diversas áreas de toda a Europa, especialmente aquelas com herança germânica e celta. Consistia em uma procissão em que uma imagem de uma deusa era colocada em uma carroça que era puxada pela comunidade, especialmente pelos campos, acompanhada por cantores, sacerdotes, atendentes e devotos dançantes. Os animais a serem sacrificados (e possivelmente vítimas humanas designadas também) faziam parte da procissão. Depois de ser desenhada ou carregada pelos campos, a figura da deusa era banhada em um lago ou nascente. Acredita-se que a procissão ocorresse no final do inverno ou início da primavera, época de Imbolc. Os resquícios celtas que podem ilustrar tal procissão incluem uma carruagem de bronze desenterrada de um túmulo em Strettweg e um painel do Caldeirão de Gundestrup.
A Cama de Bríghid
A preparação da cama para Brígida era comum também nas Hébridas da Escócia, onde já era registrada no século XVII. Uma cama de feno ou um berço em forma de cesta era preparado e então alguém gritaria três vezes: an Bhrid, an Bhrid, thig a stigh as gabh do leabaidh! (“Bríd, Bríd, entre; sua cama está pronta!”) Uma boneca de trigo chamada Dealbh Bríde (“Ícone de Brígida”; nas Hébridas, uma concha ou cristal brilhante chamado Reul-Iuil Bríde, a “Estrela-Guia de Brígida”, era posta sobre seu peito) seria colocada na cama, e um bastão branco, geralmente feita de bétula, seria postado ao seu lado, representando o bastão que Brígida usava para fazer a vegetação começar a crescer novamente. Também era comum que as mulheres algumas partes das Hébridas dançassem segurando um grande pedaço de tecido e gritando Bridean, Bridean, thig an nall’s dean do leabaidh (“Bríd, Bríd, venha e faça sua cama”). Em um costume registrado no século XVIII na Ilha de Mann, uma pessoa da família ficava na porta com um feixe de juncos e dizia, “Brede, Brede, venha para minha casa esta noite. Abra a porta para Brede e deixe Brede entrar”. Os juncos eram então espalhados no chão como um tapete ou cama para Brígida. Já no século XIX, ainda na Ilha de Mann, algumas mulheres idosas faziam uma cama para Brígida no celeiro com comida, cerveja e uma vela sobre a mesa.
Presságios:
Nas Hébridas, no amanhecer posterior à festividade, as cinzas do fogo eram alisadas em busca de algum tipo de marca servisse como sinal de Brighid havia visitado a casa. Se nenhuma marca fosse encontrada, era acreditado que a má sorte viria, a menos que um galo fosse enterrado na junção de três riachos como oferenda e queimassem incenso em seu fogo naquela noite. O Imbolc também era um momento propício para a prática de divinação climática, sendo bem conhecida a tradição de se observar se serpentes ou texugos sairiam de suas tocas de inverno, um possível precursor das tradições a respeito do Dia da Marmota nos EUA.
Poços Sagrados e Águas Curativas:
A visitação de poços sagrados era algo comum durante o Imbolc, quando os visitantes oravam por saúde enquanto caminhavam em deosíl ao redor do poço. Era costume deixar uma oferenda, como moedas ou tiras de tecido amarradas nas árvores próximas ao poço. A água do poço era usada para abençoar a casa, os membros da família, o gado e os campos. Pratos de água ou sal às vezes eram deixados de fora durante a noite para Brígida abençoar. Estes seriam postos de lado para uso na cura de doenças. As devoções realizadas nos poços sagrados de Liscannor (Co. Clare) e Faughart (Co. Louth) incluíam a lavagem ritualística na água.
Banquete e Oferendas:
Também era comum que as famílias preparassem uma refeição ou ceia especial na véspera de Imbolc, usando principalmente produtos lácteos. Ela incluía alimentos como colcannon, sowans (ou virpa, um tipo de mingau), bolinhos, barmbrack (irlandês bairín breac, galês bara brith; um pão com uvas passas), bannocks e compotas de mirtilo. Normalmente, uma parte da comida era reservada a Brígida. Um registro de Donald Alexander Mackenzie no século XIX cita que havia oferendas feitas “à terra e ao mar”, que poderiam ser de leite derramado à terra ou mingau derramado ao mar, em forma de libação.
Mantos de Brighid:
Era comum que se deixasse roupas ou tiras de tecido branco (os Brát Bríde) do lado de fora de casa para que Brígida as abençoasse através do orvalho. Estas roupas ou tiras de tecido eram guardadas, pois se acreditava que tinham poderes de cura e proteção. Depois, os tecidos e as tiras eram usados como talismãs, principalmente auxiliando no parto de mulheres e vacas. No condado de Kerry, homens usando túnicas brancas passavam de casa em casa cantando hinos e canções em honra a Brígida.
Cinturão de Brighid:
No oeste de Connacht era feito um Críos Bríde (“Cinturão de Bríde”), um grande círculo de juncos com uma crosóg preparada no meio. Os jovens o carregavam pela aldeia, convidando as pessoas a passarem por ele e assim serem abençoados. O crios, ou cinturão, era uma corda de palha ou junco trançados de três ou quatro metros de comprimento formando um círculo. Eram mantido verticalmente no alto enquanto os reunidos passavam ritualmente, recitando um feitiço. A cerimônia parecia simbolizar a regeneração.
Sol, Lua e Estrelas:
Em alguns condados do norte da Irlanda era comum que fossem feitas colagens de efígies de palha na forma do Sol, Lua e Estrelas, uma alternativa às crosóga. Os símbolos eram confeccionados e, com uma escada simbólica, colavados todos em uma superfície de papel ou tecido. Posteriormente eram pendurados nas casas e fazendas. Embora esta colagem tenha sido provavelmente um tipo de símbolo de fertilidade para garantir o renascimento da terra, seu significado exato é desconhecido, podendo também ter tido associações astronômicas.
Coleta de Algas:
Para os moradores do litoral, a chegada da maré da primavera próxima ao festejo era dedicada à coleta de algas marinhas para o uso como fertilizante. Ao redor da Baía de Galway, uma lapa ou pervinca viva era colocada em cada um dos quatro cantos da casa para garantir uma boa pesca nos próximos meses.
Pedidos:
Até meados do século XX, as crianças irlandesas iam de casa em casa pedindo centavos para a “pobre Biddy”, ou dinheiro para os pobres.
Celebrando Hoje
Cruzes de Bríghid:
A tradição das cruzes de Bríghid está bastante viva no paganismo atual. Normalmente, elas são criadas como parte das atividades rituais e abençoadas ali mesmo, muitas vezes com a água abençoada. Grupos com a possibilidade de fazer os ritos em um espaço familiar fechado ao longo da noite podem manter a tradição completa, inclusive de guardando o material debaixo da mesa do banquete antes da criação das cruzes. Outros podem preferir que os presentes tragam suas próprias cruzes para serem abençoadas ou levar um conjunto previamente preparado para presentear os presentes.
Bonecas de Brighid:
A tradução das Brídeoga também é bastante viva no meio pagão atual, embora com as óbvias restrições de não se poder realizarr as grandes procissões batendo de porta em porta. Mas a tradição persiste e pode ser realizada de forma restrita, com circumambulações, por exemplo, sem problemas.
Procissões e Circumambulações:
Da mesma forma, é uma tradição que pode ser mantida facilmente, mesmo que de uma forma restrita, como uma circumambulação ou procissão ao longo do espaço usado pelo ritual. Principalmente no sentido Deosíl, e acompanhada de cânticos, música e orações. Pode ser inclusive repetida três ou nove vezes, caso a intenção seja fazê-la durar mais. Mas é importante lembrar que as tradições são essencialmente diferentes e nem sempre funcionam bem juntas. A mulher representando Bríghid pode usar seus símbolos e ainda carregar os juncos. Mas a boneca ou ícone de Bríghid é uma tradição que funciona melhor à parte desta.
A Cama de Bríghid:
Esta tradição também é comum de ser mantida, mas é praticada melhor junto à Brídeog ou à Dealbh Bríde. Além disso, é comum que a cama já esteja pronta, mais do que preparada na hora. É comum que uma condutora do ritual porte a boneca e faça as perguntas para que sejam respondidas pelos demais, evitando a parte do bater de portas. A dança das mulheres com o tecido é menos comum hoje em dia, mas ainda pode ser facilmente praticada por grupos em espaços abertos.
Presságios:
Os presságios típicos do Imbolc envolvem principalmente a previsão climática, algo extremamente relevante para comunidades rurais, mas que raramente interessam tanto a quem vive no meio urbano atual, além de terem uma ligação bastante explícita com animais locais, sendo que essa é uma necessidade que precisaria ser adaptada para cada ecossistema. Mas a prática do alisar as cinzas ainda é bastante fácil de se realizar por grupos que tem a possibilidade de pernoitar em um local com acesso a fogueiras. De qualquer forma, Imbolc, como qualquer dos ritos sazonais, é um momento bastante propício aos oráculos.
Poços Sagrados e Águas Curativas
Buscar água abençoada é provavelmente apenas um privilégio de quem está próximo a poços, o que não são todos (mas plenamente praticável para quem está). Para pessoas em regiões naturais, mas sem poços, coletar água de fontes, nascentes ou riachos (puros, claro) também é uma boa opção. Mas para os demais, a prática do recipiente de água ou sal para receber a luz da manhã é bastante válida. Essa água pode ser utilizada no Saining para o dia do ritual, aspergida durante a cerimônia para que todos recebam as bênçãos de Brighid, ou colocada em um recipiente para que os membros possam lavar os rostos e mãos ao chegar ou em algum momento-chave da cerimônia, como uma após uma vivência.
Banquete e Oferendas
Os banquetes de Imbolc costumam conter principalmente produtos lácteos, mas isso é devido a ligação específica com a época da lactação de ovelhas. Para quem não vive em uma região rural, é um preciosismo desnecessário. Mas as oferendas citadas na tradição trazem uma lição interessante, de oferendas líquidas dadas à terra (de fácil absorção) e semi-sólidas ao mar. Libações, portanto, são oferendas bastante comuns no Imbolc.
Mantos de Brighid:
A prática do Manto de Bríde é bastante comum no paganismo atual, com pessoas amarrando suas tiras ou pedaços de tecido branco do lado de fora de casa na véspera do Imbolc. Estes costumam ser guardados para a cura, ou usados para a confecção de amuletos, muitas vezes com ervas. Tecidos maiores podem ser usados como mantos ao longo da cerimônia.
Cinturão de Brighid:
O Cinturão de Bríghid também é uma tradição viva no paganismo moderno, embora menos comum do que as outras. Os cinturões pagãos modernos costumam ser feitos de corda, para que possam ser levados para qualquer lugar. As pessoas nos ritos costumam ultrapassá-los por três vezes, em um círculo deosil, enquanto são entoadas canções e orações pelos demais.
Sol, Lua e Estrelas:
Estes elementos podem ser utilizados hoje, mesmo tendo uma função mais decorativa, pois diferente das cruzes, não seriam todos a levá-los para casa. Mas ainda teriam a função protetiva para os que os levassem.
Coleta de Algas:
Este também é um costume muito específico de uma região. Para quem pode encontrar seus elementos, é totalmente possível mantê-lo e usar as algas como maneira de decoração ritualística.
Pedidos:
Esse é um costume que o mundo moderno está familiarizado no ano novo. Hoje é possível fazer o mesmo para grupos com crianças presentes, ou mesmo dedicar algo para a caridade, mas essa não é uma tradição comum a ser mantida em grupos pagãos, pois é muito mais comunitária do que propriamente espiritual.